ST 1 - Estudos Interdisciplinares e o uso das fontes no ensino para a educação das relações étnico-raciais
Modalidade: Presencial
Comissão Científica:
Prof. Dr. Arilson dos Santos Gomes / Unilab
Prof. Dr. Carlos Subuhana / Unilab
Mestranda Antonia Eliane Lima Ferreira / UECE
No Brasil, durante o século XX, o ensino e os materiais didáticos reproduziram uma história que fixou os sujeitos negros e africanos a estereótipos que remetiam essas populações a um passado da escravidão que se mantinha presente. Era praticamente impossível compreender a trajetória e história do continente africano e das populações negras sem a fantasmagoria, como pontua Achille Mbembe. Porém, com o protagonismo dos movimentos sociais que resultaram no advento das ações afirmativas e das políticas valorativas, o quadro tem se alterado, substancialmente, em que pesem os desafios para um ensino das diferenças e das diversidades. O presente GT visa aglutinar os trabalhos que dialogam nessa linha, proporcionando um espaço de debate acadêmico e de intercâmbios entre trabalhos com perspectivas políticas, culturais, educativas e sociais relacionadas ao uso das fontes para o ensino e transmissão do saber que contemple o aprimoramento da aplicação das Leis 10.639/03 e Lei 11.645/08 em espaços distintos e variados níveis de formação.
ST 2 - Estudos Africanos e Gênero: África, Brasil e Diáspora africana na cooperação internacional
Modalidade: Presencial
Comissão Científica:
Profa. Dra. Janaína Campos Lobo /UNILAB
Prof. Dr. Ricardo Ossagô de Carvalho / UNILAB
Mestranda Sandra Dan Adelino Baptista /UNILAB
Me. Jeraldino António Sambé
Nesse ST pretende-se discutir quatro eixos temáticos a) instituições políticas na África, com ênfase sobre democracia, formação dos estados nacionais e atuação de organismos internacionais na África contemporânea; b) as relações entre políticas de cooperação internacional do Brasil com os países do Sul, especialmente os africanos, dando destaque à atuação dos estados, das empresas, da sociedade civil e das diásporas vistos como atores importantes na definição das relações que estruturam as políticas públicas e de desenvolvimento internacional e regional; c) construção de parâmetros para aceder as estruturas de gênero e as relações de gênero em África, compreendendo ser primordial partir de África, e que as categorias operadas devem ser intrínsecas ao contexto; d) gênero e iniciativas de feministas africanas do continente e da diáspora, as quais propõem discursos e cultura ativista crítica que devem ser consideradas, pois apontam para promissoras formas de transformação da realidade na medida em que reconceitualizam a cidadania como noção e prática socialmente inclusiva. Espera-se receber trabalhos que tratam da democracia, processo de construção de estados nacionais, organismos internacionais, cooperação, do desenvolvimento, da política e economia, da interculturalidade, dos movimentos sociais em suas interfaces com as diásporas e as migrações africanas intra e extracontinentais.
ST 3 - Literatura Negra, Feminismo Negro e Educação das Relações Étnico Raciais: Avanços no ensino e na produção de saberes antirracistas, antisexista, feminista, quilombola, de terreiro e contra colonial a partir das intelectuais negras
Modalidade: Remota
Comissão Científica:
Profa. Dra. Jacqueline da Silva Costa /UNILAB
Profa. Ma. Marcelle Danielle de Carvalho Braga / UFC
Mestranda Maria Edina Marques Ferreira / UNILAB
Profa. Esp. Dayane da Silva Moreira / FMB
Mestranda Hilana Sousa Ferreira / UFC
Pensar os avanços no ensino e na produção de saberes antirracistas, antisexista, feminista, quilombola, de terreiro e contra colonial a partir das intelectuias negras é trazer para o centro do debate a importância das intelectuais negras nessa trajetória de lutas empreendidas pelo movimento negro, pelas mulheres negras no continente africano e no Brasil. O conhecimento produzido por intelectuais negras brasileiras, africanas, latino-americanas e norte-americanas nos auxilia ainda na construção e desconstrução de conceitos e teorias, amplia em nós mulheres pretas o sentimento de existência, construindo lugares seguros, de acolhimento, cuidados e afeto. Desse modo, o presente simpósio temático (ST) tem por objetivo, dialogar com relatos de experiências pessoais e coletivas, pesquisas e produções teóricas que dialogam com essa temática, bem como pensar como quais avanços e expoerências exitosas temos vivenciados nos nossos espaços de atuação, seja como ativista, liderança política, docente da educação básica e superior.
ST 4 - Territórios, relações de gênero e conhecimento na África Global
Modalidade: Presencial
Comissão Científica:
Profa. Dra. Natalia Cabanillas /UNILAB
Me Maria da Luz Fonseca de Carvalho
Esta proposta sugere um diálogo baseado nas relações entre o território e poder que visa observar e contemplar a perspectiva de gênero a partir dos mesmos. Gênero enquanto categoria de análise social, vem sendo, ao longo dos anos, destrinchado por diversas intelectuais africanas, entre elas Oyèrónkẹ Oyěwùmí. Nos interessa nesta menção, para além de colocar em perspectiva a importância desses estudos realizados por mulheres africanas, a necessidade da compreensão e da fusão do panorama territorial que constitui as realidades dessas mulheres, por meio de suas subjetividades e suas relações em comunidade. Partindo disso, Milton Santos (2001) considera que a globalização, por exemplo, é um fator perturbador que amplia a noção de desordem referente à competitividade e solidariedade, que deve estar em interação com o território e com as mais diversas formas de alienação. Assim, a identidade é constituída a partir do território, extrapolando as experiências de caráter econômico. O sentimento de pertencer a um território é à base do trabalho, da residência, das trocas materiais e espirituais de vida. Compreendemos que, a dimensão e a manutenção dos territórios estão sujeitos a necessidades particulares que os conduzem. Para isso, consideramos de grande importância repensar os lugares em que as mulheres representam e possuem o poder simbólico a partir do entendimento das relações com a ancestralidade como parte de sobrevivência, dentro do processo de passagem entre o plano material e o espiritual. Entretanto, é urgente entender que essa sabedoria ancestral extrapola qualquer possibilidade de compreensão por meio da produção de conhecimento de caráter hegemônico. Assim, interessa a este Grupo de Trabalho pesquisas que analizam as relações de poder e de gênero nos diversos territórios da África Global, integrando, como planteia Ali Mazrui, o continente africano e os territórios da diáspora.
ST 5 - Saberes Endógenos Africanos e sua importância para uma educação antirracista
Modalidade: Remota
Comissão Científica:
Profa. Dra. Marlene Pereira dos Santos - UFC
Doutoranda Emanuela Ferreira Matias - UFC
Mestrando William Augusto Pereira - UNILAB
Mestranda Gilvanda Soares Torres - UNILAB
Mestranda Rosana Marques Lima - UFC
Abordar a relevância dos saberes endógenos africanos e sua importância para construção de uma educação antirracista no contexto brasileiro, numa perspectiva interdisciplinar iremos focar em dois eixos: Compreender como foi construído a sociedade racista e como combate-la. Iremos focar em 2 eixos: a) identificar algumas ferramentas de educação antirracista. Conhecer e aprender sobre a história negra, a cultura afro e as experiências das diferentes comunidades negras e quilombolas. Identificar lideranças negras locais. A influência profunda da cultura africana na formação da identidade brasileira será destacada, revelando como esses saberes permeiam todos os aspectos da sociedade, muitas vezes de forma invisibilizada. Quanto mais você se educar, mais apto estará para enfrentar o preconceito e promover a inclusão. b) Examinar nossos próprios preconceitos endógenos: Todos temos preconceitos, mesmo que inconscientemente. É importante fazer uma reflexão sincera sobre nossas crenças e atitudes. Identificar os nossos próprios preconceitos e trabalhar ativamente para desconstruí-los. Esteja aberto ao diálogo, ouça experiências de pessoas racialmente diversas e questione estereótipos enraizados.
ST 6 - Trabalho e Educação
Modalidade: Presencial
Comissão Científica:
Dr. Roberto Kennedy Gomes Franco - UNILAB
Dra. Rosângela Ribeiro da Silva - UNILAB
O ST objetiva analisar o processo histórico de humanização dos indivíduos mediante o princípio educativo do trabalho, categoria ontológica do ser social, ou seja, do trabalho como produtor dos meios de vida. Para tanto, tem como fio condutor a dialética entre natureza, corpo e cultura, aspectos estes que emergem das relações sociais que os indivíduos estabelecem na produção material das suas existências. O GT aborda a categoria Trabalho como fundante do ser social, e como atividade histórica que se torna universal na forma social capitalista. As relações sociais na produção da vida material, próprias do capitalismo, manifestam-se na totalidade da existência dos indivíduos. O complexo da educação aparece como uma esfera privilegiada de análise das relações sociais, pois, reproduzem e fortalecem, ao mesmo tempo em que aparece como a esfera potencialmente crítica dessas relações. A compreensão da realidade a partir da categoria da totalidade conduz necessariamente a pensar as diferenças e matizes das posições crítico-teóricas em relação à forma social capitalista e, especificamente, em relação à educação. Principais Categorias: Classe, Raça, Gênero, Etnia e Diversidade Sexual.
ST 7 - Cultura e educação: diálogos possíveis
Modalidade: Remota
Comissão Científica:
Profa. Dra. Renata Montechiare - Flacso Brasil
Prof. Me. Anderson Albérico Ferreira - Flacso Brasil
Profa. Ma. Karen Kristien - Flacso Brasil
No presente ST compreendemos que a cultura é um elemento que nutre todo o processo de educação, seja formal ou não formal, e que possui um papel de suma importância na formação de indivíduos críticos. Pautados nas contribuições freirianas (1963; 1992), que apontavam para a importância da diversidade cultural na educação como elemento de compreensão das sociedades e das diferenças, e do sociólogo francês Pierre Bourdieu (2008), que defende a cultura como parte fundamental da educação, por consequência sua essência fundadora, buscamos contribuições que reflitam sobre as potencialidades e possibilidades da relação entre cultura e educação. Priorizamos trabalhos que abordem sobre (i) experiências, ações, práticas pedagógicas e projetos que relacionem cultura e educação; (ii) a educação escolar intercultural; (iii) tecnologias sociais e pedagógicas de escolas que vinculem a arte e a cultura aos espaços formais de educação; (iv) como as temáticas relativas à cultura e as artes estão sendo articuladas e curricularizadas nas escolas; (v) políticas e projetos de articulação entre cultura e educação; (vi) projetos culturais como espaços não-formais de educação.
ST 8 - Educação, exclusão e práticas discursivas de desinformação
Modalidade: Presencial
Comissão Científica:
Dr. Luís Carlos Ferreira - UNILAB
Dr. Júlio César Rosa de Araújo - UFC
É urgente que se crie espaços para que se proceda a um debate qualificado acerca dos mecanismos – sutis e complexos – de inclusão excludente, revelados nas relações de poder que invisibilizam determinados grupos sociais. Considerando isso, propomos o referido ST cujo objetivo é o de discutir os avanços e os retrocessos das políticas públicas de educação e seus impactos nos processos de exclusão social que podem ser gerados, inclusive, por desinformação e discursos de ódio no cotidiano. Nesse sentido, o ST fomenta uma interlocução interdisciplinar com pesquisadores, docentes, estudantes e comunidade, interessados no diálogo com os programas educacionais, propostas e projetos de ensino, ações de Estado e governo, ligados à educação básica e superior, bem como as relações disso com as modalidades de educação e ensino. Assim, os eixos educação e cultura, no âmbito do currículo e da formação de professores, interseccionados, possibilitarão, no âmbito do ST, o compartilhamento das pesquisas área afins. Desse modo, esperamos que as discussões sensibilizem para, na sua concretude, indicar caminhos para a superação de problemas sociais, como o racismo, o ódio, a misoginia e outros processos geradores de exclusão enraizados na natureza humana. Esperamos que o ST, como um fórum de debate, oportunize a divulgação da pesquisa acadêmica comprometida com o fortalecimento da luta e resistência em prol de uma educação inclusiva, plural e democrática.